Introdução: a poluição sonora está presente na escola, sendo assim, é importante conhecer as fontes de ruído, o impacto na saúde do professor e no ensino. Objetivo: avaliar a percepção de professores do ensino fundamental I quanto ao impacto do ruído no ambiente escolar, bem como seus sintomas vocais. Método: estudo observacional, descritivo, analítico, transversal. Aplicou-se inventário, do qual participaram 26 professoras da rede municipal da cidade de Santo Amaro da Imperatriz, SC. Aplicou-se um questionário com questões referentes à idade, sexo, tempo de trabalho, carga horária diária, impacto e percepção do ruído no ambiente escolar. Utilizou-se o Índice de Triagem para Distúrbios da Voz, uma triagem para identificação de risco para distúrbio de voz em professores. Para a análise de associação dos resultados foi utilizado o teste de Qui Quadrado, com nível de significância de 5%. Resultados: 53,57% das professoras responderam que há excesso de ruído na escola e 57,14% consideram que o ruído dentro da sala prejudica as atividades. As fontes externas e internas de ruído que mais atrapalham são: pátio, corredor, conversas paralelas e ventilador. Quanto aos sintomas vocais referidos, destacaram-se: garganta seca, cansaço ao falar, pigarro e rouquidão. Professoras que lecionam em período integral apresentaram mais queixas para o pigarro. Conclusão: os sujeitos têm a percepção de que o ambiente escolar é excessivamente ruidoso e causa prejuízos no desenvolvimento das atividades. As participantes têm poucas queixas relacionadas à voz, sendo a mais frequente, garganta seca. Além disso, professoras que lecionam em período integral apresentaram, significativamente, mais queixas de pigarro.