Condições de trabalho e de voz em professores de escolas públicas e privadas

Abstract

RESUMO Objetivo Identificar se existe correlação entre o Índice de Triagem para Distúrbio de Voz e as condições de trabalho de professores das escolas públicas e privadas e compará-las entre os professores das duas redes de ensino. Métodos Participaram 183 professores, sendo 122 de escolas públicas e 61 de uma escola privada, que responderam ao questionário Condição de Produção Vocal do Professor, composto por 81 questões. Destas, entretanto, foram analisadas as questões referentes à identificação pessoal, funcional, condições vocais e de trabalho. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial. Resultados Quando analisados em relação às condições vocais, a maioria dos professores das escolas públicas relatou queixa vocal. O Índice de Triagem para Distúrbio de Voz dos professores das escolas públicas correspondeu a mais sintomas vocais do que os da escola privada. Além disso, os docentes das escolas públicas relataram piores condições de trabalho, em relação aos docentes da escola privada. Conclusão Existe uma correlação negativa entre o Índice de Triagem para Distúrbio de Voz e as condições de trabalho dos professores de escola pública e particular. Os professores das escolas públicas relataram piores condições de trabalho do que os da escola privada, bem como referiram maior ocorrência de distúrbio da voz e apresentaram maior pontuação no Índice de Triagem para Distúrbio de Voz.

Intensidade dos sintomas da fadiga vocal e parâmetros acústicos de professoras antes e após exposição vocal

“…Adicionado a isso, as condições insatisfatórias dos ambientes de trabalho dos professores estão relacionadas ao maior adoecimento vocal 29 . Aspectos ambientais desfavoráveis ao uso vocal saudável foram relatados na entrevista de conhecimento das condições de trabalho dos professores.…”

Técnicas De Análise Espacial Aplicadas Na Atenção Primária Em Saúde Em Fortaleza No Ceará: Estudo De Caso Da Dengue No Contexto Sócio Sanitário Da Pandemia Da Covid-19 Na Uaps Maurício Mattos Dourado

“…A predominância de mulheres encontrada na população estudada é confirmada em outras pesquisas, pois essa prevalência na área pedagógica deve-se ao fato de a profissão ainda ser vista como tradicionalmente feminina Ou seja, o número de homens nesta amostra bem inferior ao de mulheres, é fato registrado na maioria das pesquisas que tem como sujeito o docente. (FERREIRA et al, 2003;PIZOLATO et al, 2013;FREITAS et al, 2019). Dessa forma ainda é frágil levantar a hipótese de o registro do distúrbio de voz estar associado a demanda vocal excessiva, mais do que as características do sexo, considerando que mulheres tem maior predisposição a apresentarem distúrbio de voz por conta de configuração laríngea diferenciada (ROY et al, 2004;LIMA, 2008) FERREIRA, 2011;CARREGOSA et al, 2016;FREITAS et al, 2019).…”

“…(FERREIRA et al, 2003;PIZOLATO et al, 2013;FREITAS et al, 2019). Dessa forma ainda é frágil levantar a hipótese de o registro do distúrbio de voz estar associado a demanda vocal excessiva, mais do que as características do sexo, considerando que mulheres tem maior predisposição a apresentarem distúrbio de voz por conta de configuração laríngea diferenciada (ROY et al, 2004;LIMA, 2008) FERREIRA, 2011;CARREGOSA et al, 2016;FREITAS et al, 2019).…”

“…Desde então experiências com ações presencias e a distância tem se evidenciado positivas e fortalecido ainda mais a parceria entre PUC-SP e PMSP (POMPEU et al, 2016).Pesquisa em que o ITDV foi aplicado constatou correlação negativa entre a presença de distúrbio de voz e as condições de trabalho dos professores de escola pública e particular. Os professores das escolas públicas relataram piores condições de trabalho, maior ocorrência de distúrbio da voz, com maior pontuação no ITDV(FREITAS et al, 2019) É comum constatar, nas pesquisas realizadas com professores o predomínio de mulheres, e Quanto a situação funcional, pesquisa que avaliou os fatores associados à insatisfação com a saúde em professores do ensino fundamental da rede pública. municipal de Cuiabá, evidenciou, entre outras queixas, a presença de transtornos mentais, sintomas musculoesqueléticos e distúrbio de voz(SANTOS et al, 2020) Diehl e Marin(2016) realizaram revisão da literatura sobre os diversos níveis de ensino e apontaram que a organização do trabalho, falta de reconhecimento, problemas motivacionais, e comportamentais dos alunos, pouco acompanhamento familiar e problemas no ambiente físico, são os principais fatores para o adoecimento dos professores, evidenciando ser esse um assunto multidisciplinar.…”

Análise comparativa do efeito do tempo de exposição ao uso da voz em professoras e mulheres não profissionais da voz

“…É um protocolo validado para triagem vocal do professor, com alto grau de sensibilidade. O seu uso pode contribuir para o mapeamento do distúrbio de voz do professor, assim como no planejamento de ações de saúde pública e delineamento de políticas públicas referentes a sua saúde vocal (FREITAS et al,2019) De acordo com o ITDV, a presença do distúrbio de voz é considerada quando dentre os 12 sintomas apresentados, o indivíduo relata cinco ou mais sintomas (GHIRARDI et al, 2013). Observou-se no presente estudo que o grupo de professoras com maior carga horária em sala de aula (G2) apresentou maior quantidade de sintomas vocais autorreferidos do que as mulheres que não fazem uso profissional da voz (G3) (p=0.0128), e que não houve diferença para o grupo de professores com carga horária de uma a 20 horas (G1 A composição do G3 teve maior predomínio de profissionais da saúde, tal fato pode trazer uma reflexão sobre os achados nos aspectos socioemocionais da QVV.…”