INTRODUÇÃO: As repercussões cardiorrespiratórias da cirurgia cardíaca podem ser avaliadas por teste submáximo. OBJETIVO: comparar as respostas cardiorrespiratórias do teste de sentar e levantar em um minuto (TSL1) nos indivíduos, entre o momento pré e pós de cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Estudo de caráter transversal e analítico, incluiu 45 indivíduos de ambos os sexos, estáveis hemodinamicamente, com fração de ejeção maior que 45%, que foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio no Instituto do Coração de um Hospital do interior do estado do Rio Grande do Sul, entre 2018 e 2019. As variáveis de desfechos foram coletadas no repouso e ao final do teste, um dia antes da cirurgia e no pós-operatório: pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD em mmHg), frequência cardíaca (FC bpm), frequência respiratória (FR rpm), saturação periférica de oxigênio (SpO2 %), fadiga de membros inferiores (Fmm 0-10) e dispneia (Di 0-10), número de repetições e interrupções do teste. Foi utilizado o programa R para o tratamento dos dados, para avaliar a normalidade foi aplicado o teste de Shapiro Wilk, a comparação dos grupos pelo teste não paramétrico de Wilcoxon. RESULTADOS: A maioria do sexo masculino (71%) e média de idade foi de 61± 9 anos. No pré-operatório, ocorreu aumento entre o repouso e o final do teste, PAS, FC, FR, Fmm e Di (p<0,05). No pós-operatório, houve aumento entre o repouso e o final do teste, para FC, FR, Fmm e Di (P<0,05), contudo, sem elevação da PAS. Ao comparar as variáveis entre os momentos pré e pós, observamos maiores valores da FC, FR e número de interrupções na condição pós (p<0,05), bem como menores valores para a PAS, SpO2 e número de repetições (p<0,05) para essa condição. CONCLUSÃO: os dados desta pesquisa comprovam que o TSL1 realizado no pré-operatório de cirurgia cardíaca, assim como entre o 4° ou 5° dia de pós-cirurgia cardíaca, é seguro e eficaz, representado pela ausência das repercussões cardiorrespiratórias que comprometessem ou agravassem o quadro clínico do paciente.
O TSL1 foi capaz de induzir respostas cardiorrespiratórias fisiológicas no pré-operatório; contudo, na condição pós acarretou respostas cardiorrespiratórias mais elevadas no repouso e atenuada resposta em exercício em comparação ao pré-operatório.