Condition factor of Goniopsis cruentata (Crustacea, Brachyura, Grapsidae) from Mundaú/Manguaba estuarine complex, Alagoas, Brazil

Abstract

ABSTRACT. The condition factor is a parameter which acts as a general indicator of the "well-being" of a species, and it can be obtained through the analysis of width vs. weight relationships. The present work aims to investigate size vs. weight relationship and the condition factor of the crab Goniopsis cruentata (Latreille, 1803). The study area was the Mundaú/Manguaba estuarine complex, Maceió, state of Alagoas, Northeast Brazil. Samplings were monthly accomplished from August 2007 to July 2008. A total of 626 individuals were analyzed, being 309 males and 317 females. Males were larger and heavier than females, what is expected in many brachyuran. The growth was positive allometric to both males (b = 3.42) and females (b = 3.30), not obeying the "cube law". The condition factor of female was higher than that of male crabs, probably due to the gonad weight of females. It also varied seasonally for both sexes, being higher in the autumn and winter in males, and in the autumn and spring in females, and related to the molt and period of spawning intensification. KEYWORDS.Crab, growth, sexual dimorphism, mangrove forest, Northeast Brazil. RESUMO. Fator de condição deGoniopsis cruentata (Crustacea, Brachyura, Grapsidae) do complexo estuarino Mundaú/Manguaba, Alagoas, Brasil. O fator de condição é um parâmetro que age como um indicador geral do "bem-estar" de uma espécie e pode ser obtido através da análise da relação largura-peso. O presente trabalho visa investigar a relação tamanho vs. peso e o fator de condição do caranguejo Goniopsis cruentata (Latreille, 1803). A área de estudo foi o complexo estuarino Mundaú/Manguaba, Maceió, estado de Alagoas, Nordeste do Brasil. As amostragens foram realizadas mensalmente de agosto de 2007 a julho de 2008. Um total de 626 indivíduos foi analisado, sendo 309 machos e 317 fêmeas. Os machos foram maiores e mais pesados que as fêmeas, o que é esperado em muitas espécies de braquiúros. O crescimento foi alométrico positivo tanto para machos (b = 3,42) quanto para fêmeas (b = 3,30), não obedecendo a "regra do cubo". O fator de condição da fêmea foi maior do que o dos machos, provavelmente devido ao peso das gônadas das fêmeas. O fator de condição também variou sazonalmente para ambos os sexos, sendo mais elevado no outono e no inverno nos machos, e no outono e primavera nas fêmeas, e estando relacionado à muda e ao período intenso de desova. PALAVRAS-CHAVE.Caranguejo, crescimento, dimorfismo sexual, manguezal, Nordeste do Brasil.

Length-weight relationship and condition factor of Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda, Palaemonidae) from a reservoir in Bahia, Brazil

“…The condition factor of M. amazonicum females was on average 1.5 times greater than that of males. The lower "b" value of females resulted in lower values of the denominator of the ratio W/(TL) b , which generated higher values of the condition factor in this sex, as observed in other decapod crustaceans (Pinheiro and Taddei, 2005;Pinheiro and Fiscarelli, 2009;Lira et al, 2012). Furthermore, the difference between the values of the condition factor of males and females might be related to the increased capacity of females in storing energy/fat to use it during gonadal maturation, as well as the larger size and weight of the ovaries in comparison with testis (Pinheiro and Taddei, 2005;Gomiero et al, 2008;Lira et al, 2012).…”

Estrutura populacional do camarão-da-Amazônia Macrobrachium amazonicum (Heller 1862) na foz do Rio Amazonas / Population structure of the Amazon shrimp Macrobrachium amazonicum (Heller 1862) at the mouth of the Amazon River

“…Corroborando com vários autores que também encontraram alometria negativa para essa razão para ambos os sexos nas populações costeiras (FLEXA et al, 2005;SILVA et al, 2007;FREIRE et al, 2012), dando a ideia de que é possível que o tipo de ambiente (lótico ou lêntico) possa influenciar o tipo de crescimento relativo de M. amazonicum. Segundo Hartnoll (1982) LIRA et al, 2012). Além disso, a diferença entre os valores do fator de condição de machos e fêmeas pode estar relacionada ao aumento da capacidade das fêmeas de armazenar energia/gordura durante a maturação das gônadas, pois os ovários são maiores e mais pesados que os testículos (PINHEIRO; TADDEI, 2005;GOMIERO et al, 2008;ARAÚJO et al, 2012;LIRA et al, 2012).…”

“…Segundo Hartnoll (1982) LIRA et al, 2012). Além disso, a diferença entre os valores do fator de condição de machos e fêmeas pode estar relacionada ao aumento da capacidade das fêmeas de armazenar energia/gordura durante a maturação das gônadas, pois os ovários são maiores e mais pesados que os testículos (PINHEIRO; TADDEI, 2005;GOMIERO et al, 2008;ARAÚJO et al, 2012;LIRA et al, 2012). Além disso, embora as médias mensais do fator de condição obtidas para ambas os sexos não diferirem, uma comparação geral do Kr no período mais favorável para a espécie (janeiro-abril de 2019) mostrou que os machos alcançaram melhores condições de ganho de peso do que as fêmeas, embora em ambos os sexos o Kr observado fosse maior que 1,0.…”

“…O fator de condição e a relação peso-comprimento têm sido investigados para várias espécies de peixes (ISAAC-NAHUM;VAZZOLER, 1983;BRAGA, 2003BRAGA, , 2006LIMA-JUNIOR;GOITEIN, 2006;CASTRO, 2008;GOMIERO et al, 2008;TAVARES-DIAS et al, 2008;SA-OLIVEIRA et al, 2011), caranguejos (BRANCO;THIVES, 1991;BRANCO et al, 1992;LUNARDON-BRANCO, 1993;TADDEI, 2005;FISCARELLI, 2009;LIRA, 2012;ARAÚJO et al, 2012;LIRA et al, 2012;PATIL;PATIL, 2012) e camarões (MORAES-RIODADES;VALENTI, 2002;ALBERTONI et al, 2003;FLEXA et al, 2005;SILVA et al, 2007;MARQUES;SILVA, 2012).…”

Carcinofauna bêntica estuarina de dois manguezais da costa amazônica maranhense, Brasil

“…Resultados semelhantes foram observados em outros estudos, onde A. pisonii encontravase sempre entre troncos e raízes de árvores. Goniopsis cruentata foi comumente encontrada em florestas de mangue, deslocando-se ativamente sobre o substrato e sobre árvores (Oshiro et al, 1998;Lira et al, 2012). A preferência destas espécies por áreas mais arborizadas reflete claramente seus hábitos arborícolas (Warner, 1967;Melo, 1996;Menezes et al, 2012).…”