A sexualidade nos seus múltiplos aspectos é considerada uma área de grande importância no desenvolvimento do ser humano. O impacto causado pela infecção do vírus da imunodeficiência Humana/síndrome da imunodeficiência adquirida (VIH/SIDA), juntando-se a outros riscos ligados à actividade sexual, como a gravidez não desejada, fez com que a sexualidade passasse a ser considerada como uma questão de urgência social e epidemiológica e como um factor que pode ter um forte impacto negativo ao nível da saúde, considerando-se, assim, os jovens, a nível mundial, como um grupo especialmente vulnerável em termos de saúde sexual. Esta investigação avaliou os comportamentos sexuais, nomeadamente a contracepção dos jovens universitários portugueses. Administraram-se 436 questionários a 113 rapazes e 323 raparigas, entre os 18 e os 24 anos. Os resultados obtidos demonstram que a maioria é sexualmente activa, teve a sua primeira relação sexual aos 16 anos ou mais e utilizou como primeira contracepção o preservativo. Actualmente os métodos contraceptivos escolhidos habitualmente por estes jovens são o preservativo e a pílula com intenção de prevenir, quer uma infecção sexualmente transmissível, quer uma gravidez indesejada (70.2%). Os rapazes tiveram a primeira relação sexual mais cedo que as raparigas e não utilizaram qualquer método contraceptivo ou utilizaram o coito interrompido, o que sugere um elevado risco para contrair uma gravidez não desejada ou uma IST. Eles referiram mais parceiras ocasionais, maior frequência de actividade sexual sob o efeito de álcool ou drogas; ao passo que elas destacaram-se pelo carácter duradouro do relacionamento amoroso.