A língua dá ao homem a possibilidade de se comunicar, sendo de suma importância para o desenvolvimento cognitivo e para as interações sociais. A língua, seja ela qual for, palavras ou gestos, possibilita ao homem expressar ideias e sentimentos, bem como promove o desenvolvimento do pensamento e do conhecimento. Logo a inclusão não pode ser vista como algo imposto, mas sim como uma premissa onde a pessoa com surdez seja parte dos contextos sociais com os quais vive, em outras palavras, a oferta do ensino a alunos surdos precisa atender às suas necessidades. Prontamente, não se trata de tirar os alunos surdos da escola regular e colocar em uma escola bilíngue ou em uma sala bilíngue, mas sim em oferecer um ensino que contribua para a alfabetização, para o letramento e para o desenvolvimento integral do aluno surdo. Desde modo, o presente estudo tem como questão norteadora: qual a relevância da Língua Brasileira de Sinais no processo de alfabetização e letramento do aluno surdo? E, por objetivo geral, pesquisar a eficácia do ensino ofertado em escola regular, escola bilíngue e salas bilíngues na alfabetização e no letramento de alunos surdos. Utilizou-se, como metodologia, a pesquisa de campo e a revisão bibliográfica, ambas do tipo qualitativa. Resumidamente, os resultados apontam que, embora muito se tenha mudado no tratamento dado a pessoa surda e a educação desta, verifica-se, por meio deste estudo, que, na escola regular, ainda, existem muitos obstáculos no processo de ensino-aprendizagem, sendo a falta de formação dos professores e de recursos adequados dois deles; o que, por sua vez, é diferente do encontrado na escola e na sala bilíngue. Conclui-se, que a Língua Brasileira de Sinais é a “língua dos surdos”, sendo ela, fundamental em todas as esferas do desenvolvimento do aluno surdo. No entanto, mesmo frente às políticas propostas, percebe-se que a educação de surdos ainda deixa muito a desejar e evolui a passos lentos.