O abandono de animais domésticos e a proliferação exacerbada desses indivíduos em centros urbanos tem se mostrado um problema cada vez mais frequente nos municípios brasileiros. A redução da densidade de animais de companhia nas ruas é uma excelente alternativa para a minimização da transmissão de doenças entre animais e humanos, sendo de grande relevância para o controle de zoonoses. A fim de garantir proteção, defesa e assegurar os direitos dos animais, a castração assume um importante papel, pois além de reduzir a reprodução, facilita a adoção responsável, visto que animais castrados são mais adotados quando comparados a animais não castrados. Como muitos indivíduos são abandonados em locais públicos e vivem em condições precárias, sendo sujeitos a maus tratos, esses animais proporcionam um aumento da curva populacional, o que culmina com o comprometimento de eixos como: fome, aumento na transmissão de doenças, ocorrência de acidentes automobilísticos ou por mordedura e redução na qualidade de vida de fêmeas prenhas e/ou com filhotes. A mensuração da eficiência das ferramentas de controle atualmente ainda é considerada uma fragilidade, visto que os dados acerca do número de animais esterilizados são escassos, mesmo com a introdução de programas de esterilização.