Ao observar a historiografia do Transtorno Do Espectro Autista (TEA), nota-se que o êxito acerca da consumação dessa patologia enquanto um transtorno assentado de neurodesenvolvimento, que suscita prejuízos à capacidade comunicativa, comportamental e social do paciente, delongou mais de 30 anos. Mesmo após várias conquistas jurídicas e sociais, estigmas- constituídos por rotulação, estereotipização, separação, discriminação e desvalorização do sujeito- imperam na coletividade, em especial no que concerne ao viés dos acadêmicos do curso de Medicina, visto o baixíssimo índice de consciência dos discentes a respeito das características fisiopatológicas, sintomatologia, diagnóstico e tratamento da doença- pautada em elevada complexidade e graus variados de severidade.