O câncer de mama configura-se como importante problema de saúde pública. A prevenção primária busca reduzir a exposição aos fatores de risco e estimula a mudança de estilo de vida. O presente estudo tem como objetivo avaliar o conhecimento e as fontes de informações sobre os fatores de risco para câncer de mama entre mulheres de um centro de atenção secundária da região Sudeste do Brasil, na cidade de Belo Horizonte. Trata-se de um estudo transversal, cuja coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semiestruturado que incluiu variáveis demográficas (como idade, escolaridade, estado civil e ocupação) e a pesquisa acerca de fontes de informação, acesso à informação, fatores de risco e causas do câncer de mama. Foram incluídas 398 mulheres, com faixa etária entre 35 e 69 anos. A fonte de informação mais apontada foi a mídia, seguida da Unidade Básica de Saúde e 79,6% das mulheres nunca participaram de atividades do outubro rosa. Foram listados 12 itens como possíveis fatores de risco, sendo sete modificáveis. A média de acertos foi de apenas 1,38 e 1,76, respectivamente. O fator de risco mais reconhecido foi a história familiar de câncer de mama e a “genética” foi descrita como a principal causa da doença. Os dados evidenciam o limitado conhecimento, bem como o reduzido alcance das ações de saúde pública voltadas para a promoção da saúde, o que demonstra a necessidade de reformulação para a que as informações cheguem ao público-alvo. Ademais, é essencial que as mulheres saibam da sua responsabilidade individual, adotando um estilo de vida saudável.