Introdução: o uso da fitoterapia como alternativa terapêutica, tem aumentado, no entanto ainda existem lacunas no conhecimento sobre o tema, o que impede a completa adesão da prática por parte dos profissionais de saúde. Objetivos: este trabalho teve como objetivo verificar o conhecimento sobre a prática da fitoterapia por profissionais de saúde em unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF). Metodologia: foi realizado um estudo quantitativo, transversal, com aplicação de questionário contendo perguntas sobre a fitoterapia. Além disso, foi também desenvolvida uma análise descritiva, com frequência relativa e absoluta e análise de correlação através do teste de qui-quadrado de Pearson, utilizando teste de regressão binomial e multinominal. Resultados: participaram da pesquisa, 156 profissionais de saúde, distribuídos em 20 ESF do município de Rondonópolis-MT, sendo 24 enfermeiros, 8 médicos, 7 odontólogos, 4 farmacêuticos, 6 psicólogos, 10 técnicos em enfermagem, 88 agentes comunitários de saúde, 7 técnicos em saúdebucal, 1 técnico de farmácia e 1 educador físico. Destaca-se que 58% não souberam explicar a diferença entre fitoterápicos e plantas medicinais, 52% não sabiam realizar orientações nem citar o nome de medicamentos proveniente das plantas (53%), 88% não fizeram curso ou disciplina na área. No entanto, 86% tem interesse em se qualificar no assunto. Dentre os profissionais prescritores, 72,1% afirmaram prescrever raramente ou não prescrever a fitoterapia em sua prática profissional. Conclusão: evidenciam-se falhas no conhecimento sobre a fitoterapia e a necessidade de capacitação aos profissionais que atuam nas ESF, de forma a se sentirem seguros para prescrever e orientar quanto aos riscos e benefícios do uso das plantas como alternativa terapêutica.