Conhecimento dos residentes de urgência e trauma da SES-DF sobre cuidados paliativos na emergência

Abstract

O conhecimento de residentes multiprofissionais de Urgência e Trauma dos hospitais do DF sobre cuidados paliativos ainda é algo inconsistente e indeterminado. O contato com o tema bem como o desenvolvimento de habilidades e competências em cuidados paliativos durante a formação dos novos profissionais, pode impactar diretamente no atendimento ao paciente que chega ao pronto socorro em busca do alívio do seu sintoma. Essa pesquisa teve por objetivo principal avaliar o conhecimento da equipe de residência multiprofissional de Urgência e Trauma atuante na emergência dos hospitais da SES DF sobre a temática de cuidados paliativos. Trata-se Estudo Observacional transversal e quantitativo, em Brasília, por meio de um questionário socioprofissional para reconhecer o perfil dos participantes e do questionário Bonn Palliative Care Knowledge Test (BPW), adaptado e validado para língua portuguesa, o qual contém 23 itens que analisam o conhecimento sobre cuidados paliativos, abordando tópicos como dor e controle de sintomas, conhecimento geral sobre o tema e atitudes sobre a morte e o morrer. Além disso, inclui 15 questões de avaliação de autoeficácia na prestação de cuidados paliativos. Tal estudo buscou preencher as lacunas a serem identificadas no atendimento ao paciente em cuidados paliativos em ambiente de urgência e emergência por residentes multiprofissionais contribuindo para melhor qualidade de assistência e manejo desse paciente. Em relação seção 1 e 2 do questionário, não apresentando diferença estatística de resultado com teste bilateral de p de significância sendo superior ao p 0,05 para uma diferença estatisticamente significativa de acertos, ou seja, ambos R1 e R2 apresentando respostas de forma semelhante no aspecto geral das questões nesta seção. O conhecimento dos residentes multiprofissionais de urgência e trauma sobre cuidados paliativos na emergência, apesar de terem sido superior a 60% em ambos os anos de residência (R1 e R2), foi aquém do esperado para os entrevistados futuros especialistas na área da saúde, principalmente para os R2 que estão concluindo a especialização, sugerindo a necessidade de uma melhor abordagem do assunto durante os dois anos da pós-graduação, para posteriormente serem avaliados, e assim garantirem uma melhor qualidade de atendimento aos pacientes em seus cuidados.