O consumo de plantas medicinais em associação com medicamentos industrializados caracteriza-se um risco à saúde dos idosos com doenças crônicas não transmissíveis, devido às potenciais interações medicamentosas e seus efeitos adversos. Tornou-se evidente a importância de realizar um levantamento para averiguar interações decorrentes do uso concomitante de plantas medicinais e medicamentos alopáticos pela população da terceira idade. O estudo foi realizado através de uma investigação qualitativa e quantitativa, com dados obtidos no período de agosto a outubro de 2022, através da aplicação de um questionário semiestruturado, englobando uma população de 30 pessoas entre a faixa etária de 65 a 85 anos, que faziam uso concomitante de plantas medicinais e medicamentos alopáticos. Foi evidenciado o predomínio do público feminino, a qual 90,0% afirmaram ter obtido as plantas pelo cultivo em hortas domesticas, a frequência de uso predominante foi, mais de 3 vezes ao mês (43,3%), sendo que 80,0% desconheciam interações entre planta e medicamentos e 60,0% não acreditavam que as mesmas podem causar mal à saúde. Das 20 espécies mencionadas, foram encontradas 16 plantas com potencial de interações entre os medicamentos alopáticos utilizados pelos idosos, ademais, a alfazema, tansagem e ora-pro-nóbis, não apresentam achados bibliográficos para comparar possíveis interações, apenas a arruda não foi correlacionada com interação entre os medicamentos citados. Desse modo, faz-se necessário o incentivo a pesquisas sobre o potencial de interação entre planta-medicamento, além de intensificar a promoção do uso racional e seguro da medicina tradicional, tendo em foco a saúde do idoso, sendo alvos fáceis destas interações.