CONHECIMENTOS TRADICIONAIS ASSOCIADOS: OS ENTRAVES E AVANÇOS NA IMPLANTAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPFs) EM AGROINDÚSTRIAS FAMILIARES

Abstract

Resumo: O presente estudo versa sobre os entraves e avanços na implantação das boas práticas de fabricação (BPFs) em agroindústrias familiares de Júlio de Castilhos-RS,. Analisar e descrever as razões que dificultam a implantação das BPFs junto às agroindústrias familiares municipais é o objetivo central. Foram visitadas dez unidades familiares, destas, cinco unidades estão cadastradas no programa gaúcho de agroindústria e outras cinco não, caracterizando uma amostra não probabilística definida por critérios de acessibilidade e tipicidade (Vergara, 2010). O diagnóstico das agroindústrias baseou-se na observação e entrevista com os proprietários das agroindústrias selecionadas, onde aplicou-se o check list de verificação, o qual está baseado na legislação de BPFs. Os resultados mostram que, no município, ainda não existe agroindústria familiar devidamente regularizada e apta a receber o Selo Sabor Gaúcho; a falta de recursos para construção de instalações e equipamentos de custos elevados; a limitação na geração de novas práticas de transformação do alimento na agregação de valor, e a mesma legislação para as grandes indústrias; e, por fim, a não consideração do conhecimento tácito do agricultor no processo de controle de qualidade. Os resultados, apresentados e analisados poderão contribuir para a definição ou reformulação de atividades e políticas favoráveis ao melhoramento dos processos nas agroindústrias brasileiras. Palavras-chave: Agroindústrias familiares. Boas práticas de fabricação. Entraves e avanços no desenvolvimento de Júlio de Castilhos.

Adequação a Programas De Controle De Qualidade Em Uma Agroindústria Familiar Do Município De Castelo - Es

“…Em um estudo realizado por Soares et al (2017), no estado do Rio Grande do Sul, verificou-se que existiam diversas razões pelas quais os produtores não aplicavam os conceitos de Boas Práticas de Fabricação. Dentre eles, destacavam-se a falta de perspectiva de continuidade do negócio, em especial devido a saída dos filhos do ambiente rural; os custos elevados; às práticas burocráticas do qual o produtor geralmente não tem conhecimento; e a relação custo-benefício.…”