Introdução: A síndrome do encarceramento é uma condição neurológica na qual o paciente desenvolve tetraplegia e anartria, se tornando incapaz de executar movimentos dos membros e falar, porém, mantém preservada a propriocepção e a consciência, além do movimento vertical dos olhos, sendo este o único modo do paciente se comunicar. Dentre os vários tipos de monitorizações intraoperatórias, o BIS e o espectrograma nos fornecem a análise do nível de consciência do paciente, permitindo a manutenção de um plano anestésico adequado, reduzindo o despertar intraoperatório e as complicações de um plano anestésico muito profundo. Objetivo: Descrever um caso de uma paciente que desenvolveu a síndrome do encarceramento devido acidente vascular isquêmico de ponte e foi submetida à anestesia geral com monitorização de nível de consciência com o índice bispectral (BIS) e espectrograma. Relato de caso: Paciente de 50 anos, sexo feminino, dona de casa, deu entrada na emergência da UPA São Sebastião - Brasília DF, com quadro de rebaixamento de nível de consciência. Filha relata que paciente referiu queixa de cefaléia intensa, seguida de síncope. Foi avaliada pela equipe médica que optou por intubação orotraqueal e transferiu para serviço de referência em neurologia pela suspeita de AVE. Conclusão: Apesar do estado aparente de coma, o paciente portador da síndrome do encarceramento apresenta dados de monitorização de profundidade anestésica com BIS e espectograma similares à população normal, o que torna seu uso importante na prevenção de desfechos negativos, como a consciência intraoperatória.