ResumoQuando as crianças são expostas ao tabaco são consideradas tabagistas passivos e podem apresentar complicações respiratórias frequentes. Este estudo teve como objetivo analisar a prevalência do tabagismo passivo em escolares e correlacioná-la com o nível socioeconômico dos pais/responsáveis, bem como avaliar a função pulmonar e força muscular respiratória das crianças tabagistas passivas. Primeiramente, os pais/responsáveis das crianças preencheram questionários sobre hábitos de fumar e status socioeconômico. Posteriormente, os alunos foram classificados como tabagistas passivos ou não expostos ao tabaco, e submetidos à avaliação fisioterapêutica, manovacuometria e espirometria. Desta forma o estudo foi realizado com 98 crianças, sendo 28,6% classificadas como tabagistas passivos, com presença de no mínimo um tabagista na família, e 71% não apresentaram exposição ao tabaco. O grupo dos tabagistas passivos apresentou a PImáx, CVF e Pico de fluxo expiratório significativamente menores quo o grupo não exposto ao tabaco. Conclui-se que foi elevada a prevalência do tabagismo passivo entre os escolares e baixo nível de escolaridade dos chefes das famílias do grupo tabagista passivo e ambos os grupos (tabagistas passivos e outro grupo de não expostas ao tabaco) apresentaram redução na capacidade vital forçada e pico de fluxo expiratório e aumento do índice de Tiffeneau, no entanto quando comparados, não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. When children are exposed to tobacco, they are considered passive smokers and may have frequent respiratory complications. This study aimed to analyze the prevalence of passive smoking in schoolchildren and correlate it with the socioeconomic level of the parents / guardians, as well as to evaluate the lung function and respiratory muscle strength of passive smokers. First, the parents / guardians of the children filled out questionnaires about smoking habits and socioeconomic status. Subsequently, the students were classified as passive smokers or not exposed to tobacco, and submitted to a physical therapy evaluation, manovacuometry, and spirometry. In this way, the study was carried out with 98 children, 28.6% of whom were classified as passive smokers, with at least one smoker in the family, and 71% did not present tobacco exposure. The passive smokers' group had significantly lower MIP, FVC and peak expiratory flow than the group not exposed to tobacco. It was concluded that the prevalence of passive smoking among schoolchildren and the low level of schooling of the heads of the families of the passive smoking group was high. Both groups (passive smokers and the group not exposed to tobacco) presented a reduction in forced vital capacity, peak expiratory flow, and an increased Tiffeneau index; however, when compared, they did not present statistically significant differences.
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