Esta revisão integrativa teve como objetivo analisar as barreiras éticas e de gestão na implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT no Brasil, com foco no acesso da população LGBT aos serviços de saúde. A pesquisa revelou que, apesar dos avanços políticos, ainda existem desafios significativos para a aplicação eficaz dessas diretrizes. Entre os principais obstáculos estão a discriminação institucional, o preconceito e a falta de capacitação adequada dos profissionais de saúde, o que compromete a equidade no atendimento. Além disso, a influência de valores normativos e religiosos nas instituições de saúde contribui para a resistência à inclusão da população LGBT, perpetuando a invisibilidade e as desigualdades no acesso aos cuidados. A ausência de mecanismos de fiscalização e de investimento contínuo em treinamento limita ainda mais a eficácia das políticas públicas. Conclui-se que é essencial um esforço conjunto entre gestores de saúde e profissionais, focado na capacitação e na promoção de uma cultura inclusiva, para garantir a universalidade e integralidade do SUS. Somente com esses compromissos será possível superar as barreiras atuais e assegurar um atendimento ético e igualitário para a população LGBT.