Territórios e espaços simbólicos Territories and symbolic spacesCiência, cultura e arte são territórios férteis de conhecimento. O Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas neste número oferece uma diversidade de temas que serve para a informação de muitos e para formação de tantos outros. Que o BMPEG. Ciências Humanas é um território de conhecimento é sabido, pois que é da natureza da revista científica. O que é necessário, no entanto, é preservar a sustentabilidade do periódico e a qualidade dos conteúdos que oferece ao público leitor, aos professores, aos pesquisadores e àqueles que estão em formação. Das artes, da antropologia, da arqueologia, da linguística, da história e de muitas outras disciplinas você vai encontrar, nesta edição, informação relevante. É do fazer científico oferecer visões de mundo para alimentar o diálogo no campo da pesquisa.Com o ano que se encerra e mais três edições circulando, cabe agora pensar adiante e no que será possível oferecer em termos de conteúdo para aqueles que no BMPEG. Ciências Humanas publicam, que do BMPEG. Ciências Humanas usufruem e que o BMPEG. Ciências Humanas divulga. Há três dossiês temáticos planejados para 2019 para os quais o processamento editorial segue avançado: são dois de Linguística e um de Arqueologia. Portanto, 2019, além de ser de muito trabalho, será de muita informação de qualidade para cativar ainda mais leitores para o universo de conhecimento que a revista científica do Museu Paraense Emílio Goeldi tem oferecido em sua trajetória de 125 anos a serem comemorados no próximo ano.Para essa edição do BMPEG. Ciências Humanas, destacam-se estudos que cobrem de um extremo ao outro da América do Sul. O artigo "Tobacco visions: shamanic drawings of the Wauja Indians", de Barcelos Neto (2018), apresenta a análise de desenhos xamânicos feitos pelos Wauja, durante seus transes e sonhos induzidos pelo consumo do tabaco. Narrativas de mitos e sonhos expressam o seu entendimento sobre as formas corporais que os apapaatai -seres espíritos -assumem. Outro artigo sobre cultura indígena analisa bebidas fermentadas da América do Sul: em "Cauim: entre comida e ebriedade", Barghini (2018) mostra que essas bebidas eram alimentos líquidos ricos em elementos minerais, pré-bióticos e pró-bióticos. Além de suas características narcóticas e intoxicantes, a bebida tem propriedades contra doenças intestinais.O BMPEG. Ciências Humanas também traz estudos relativos à cultura indígena, mais especificamente ligados ao "Licenciamento ambiental de grandes empreendimentos: quais os limites para avaliação de impactos diretos e indiretos em saúde? Estudo de caso na terra indígena Wajãpi, Amapá". O artigo de Moreno et al. (2018) apresenta análises espaciais de desmatamento, curvas de variações climáticas e cronologia de impactos dos empreendimentos de usinas hidrelétricas e por projetos de mineração industrial no Amapá. Tais variáveis indicam surtos de malária e de leishmaniose tegumentar americana (LTA) na terra indígena Wajãpi e em outros assentamentos na região cent...