Objetivo: avaliar o consumo alimentar e o ganho de peso de gestantes assistidas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), e verificar se fatores socioeconômicos ou a ingestão alimentar estariam associados ao ganho ponderal. Métodos: estudo transversal, analítico e descritivo. Foi avaliado peso atual, pré-gestacional (PG) e IMC de 28 gestantes com idade de 25,3±5,2 anos. QFA e R24h foram aplicados para avaliação do consumo alimentar. Teste t e correlação de Spearman foram aplicados na análise dos dados. Resultados: no período PG, a maioria (36%) se encontrava com IMC adequado, porém, no curso da gravidez, encontrou-se prevalência de excesso de peso, e gestantes com ganho de peso inadequado (50% excessivo e 28,6% insuficiente). Não foi observada associação entre o ganho de peso gestacional e fatores sociodemográficos ou nutricionais, porém, houve correlação positiva entre IMC-PG e estado nutricional atual, mas negativa com o ganho de peso. Percebeu-se frequência de consumo semanal de alimentos ultraprocessados, e ingestão insuficiente de gorduras monoinsaturadas, fibras, cálcio, ferro, magnésio, vitaminas A, B6, B9 e D. Entre as gestantes com ganho de peso inadequado havia baixo consumo de proteínas, enquanto as com ganho adequado apresentaram melhor conformidade com as DRIs. Conclusão: o IMC-PG mostrou-se determinante no estado nutricional atual, e o ganho de peso gestacional inadequado pode ser decorrente da má qualidade da alimentação das gestantes, sendo esta caracterizada por alimentos açucarados e gordurosos, e escassez de frutas e hortaliças. Acredita-se também que o hábito alimentar atual reflita o do período PG.Palavras-chave: Nutrição pré-natal, Ganho de peso gestacional, Alimentação na Gravidez.