Resumo OBJETIVO: Analisar o impacto do ensino remoto na saúde mental dos universitários durante a pandemia do COVID-19. MÉTODOS: Survey a partir de questionário online. RESULTADOS: O estudo teve 189 participantes. Mulheres totalizaram 89%, e a média de idade foi de 23,75 anos. O valor médio da escala de Zung foi 45.16, e a maior parte (64.02%) estava dentro da faixa considerada normal. Quase um terço apresentava escores de ansiedade leve e 1.59%, escores de ansiedade grave. As mulheres mostraram maiores valores comparadas aos homens (46.30 ± 10.65, contra 39.86 ± 10.62, p<0.001). A maioria dos participantes morava com os pais durante a pandemia (84.66%) e minoria (2.65%) morava sozinha. Quase um terço relatou maior consumo de álcool no período estudado; com maiores escores comparados aos que não aumentaram a ingesta alcoólica (48.53 ± 10.99 versus 43.56 ± 10.61, p=0.002). Para superar as dificuldades no período da pandemia, a música foi associada aos maiores escores e o esporte, os menores. Os universitários que viviam sozinhos tiveram maiores scores, comparados aos que viviam acompanhados. CONCLUSÃO: O período da pandemia de COVID-19 trouxe uma piora no perfil psicológico dos estudantes universitários durante o ensino a distância. Mulheres e alunos que aumentaram consumo alcoólico tiveram piores escores. DESCRITORES: Ansiedade, Depressão, COVID-19, Pandemia, Ensino remoto.