Avaliaram-se o desempenho, o consumo e a digestibilidade aparente de componentes nutritivos em 32 ovinos Morada Nova em confinamento, 20 machos não-castrados e 12 fêmeas, recebendo dietas contendo 0, 30, 60 e 100% de melão em substituição ao milho moído. Os animais tinham em média 6 meses de idade, peso médio inicial de 15 kg e foram abatidos aos 25 kg. Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e oito repetições. O consumo de MS apresentou tendência quadrática para ambos os sexos, variando de 769 a 837 g para os machos e de 722 g a 646 g para as fêmeas. Os consumos de matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), nutrientes digestíveis totais (NDT), carboidratos totais (CT) e carboidratos não-fibrosos (CNF) apresentaram comportamento quadrático, refletindo o mesmo comportamento da ingestão da MS. A digestibilidade aparente da MS apresentou tendência linear decrescente. Os coeficientes de digestibilidade aparente de MO, PB, EE, FDN e CT apresentaram comportamento linear crescente com a adição de melão em substituição ao milho moído. O ganho de peso diário com o aumento do nível de melão na dieta foi maior nos machos. A conversão e eficiência alimentar não foram influenciadas pelo aumento do nível de melão na dieta. Os dias de confinamento variaram de 79 a 90 dias. A substituição na dieta do milho moído por melão possibilitou obter desempenho satisfatório em ovinos Morada Nova em confinamento. O nível de 60% de substituição é o que permite melhor retorno financeiro, entretanto, em níveis superiores a 30%, aumentam os dias de confinamento, elevando a idade ao abate.