Pernambuco é conhecido pela beleza de suas praias de altas temperaturas, que são frequentadas para realização de atividades de lazer. Desse modo, as praias tornaram-se um ambiente de grande circulação, além da expansão de indústrias, agricultura, pecuária e centros urbanos, contribuindo para o impacto dos ecossistemas. O conjunto desses fatores influenciam diretamente na ascensão da taxa de contaminação da água salina, em razão do descarte de resíduos inorgânicos no mar. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar ao parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água do mar de praias do litoral de Pernambuco. As coletas foram realizadas nos meses de abril a maio de 2022 nas Praias de Candeias (P1 e P2) e na Praia do Paiva (P3) e foram submetidos a análises físico-químicas e microbiológicas. Os parâmetros de acidez, alcalinidade, cloretos, sulfatos, cálcio, magnésio, dureza total, sódio, potássio, a série de sólidos, DQO e DBO, apesar de não serem controlados pela portaria 357/2005 do CONAMA para águas salinas classe 1,2 e 3, apresentam valores elevados, principalmente nos pontos (P1 e P2), indicando a presença de despejos de efluentes no litoral. As análises microbiológicas constaram a presença de coliformes totais, fecais em todos os pontos, sendo bactérias identificadas como Escherichia coli variedade I, Enterobacter aerogenes variedade I e Enterobacter aerogenes variedade II. Neste sentido, as análises microbiológicas evidenciaram a existência de um alto nível de contaminação nas praias do litoral Pernambucano, faz-se necessário um monitoramento das águas salinas contaminadas para garantir qualidade sanitária para uso.