Objetivos: Avaliar por meio de questionário, qual o grau de dificuldade para aplicação tópica de medicações oculares, com ou sem o auxílio do apoio facial. Observar qual método foi tecnicamente melhor utilizado para aplicação de drogas tópicas oculares. Métodos: O estudo foi um ensaio clínico controlado e randomizado, realizado em 50 pacientes no decorrer de 2009 e 2010 na Unidade de Saúde da Família-Lapa. Foi utilizado um frasco de colírio Oftane® e o mesmo foi acoplado ao dispositivo de apoio facial. Cada participante aplicou em cada um dos olhos, a solução com ou sem o uso do dispositivo, sendo que a seleção foi feita através de um processo randomizado. Foi perguntado ao paciente questões pré-formuladas sobre a praticidade de ambos os métodos. Resultados: Considerando o grau de dificuldade de administração tópica ocular: 12% acharam difícil ou muito difícil a aplicação com o objeto de apoio facial e 22% sem o apoio (p=0,0024). As dificuldades descritas pelos pacientes foram relatadas por 22 % dos pacientes para aplicação com o dispositivo de apoio facial e por 46% para aplicação sem o mesmo. Já 34% dos pacientes necessitaram de mais de uma instilação para aplicação do colírio sem o apoio, enquanto que 54% dos pacientes precisaram de mais de uma aplicação para que a gota atingisse o olho com o auxílio do apoio facial (p= 0,04). Em 56% dos pacientes houve toque da ponta do colírio com os tecidos oculares, quando o objeto de apoio facial não foi usado, porém quando ele foi utilizado, apenas 2% dos pacientes observados tocaram os tecidos oculares (p=0,0001). Conclusão: É mais fácil a instilação de colírios com o auxílio do dispositivo de apoio facial. Este também dificulta o contato da ponta do frasco com os tecidos oculares, prevenindo a contaminação do frasco.