O contato pele a pele compreende em colocar o recém-nascido despido, de bruços, sobre o abdômen ou tórax desnudo da mãe e cobri-lo com um cobertor seco e aquecido. Deve ser iniciado imediatamente após o nascimento entre mães e recém- nascidos saudáveis, de forma contínua e prolongada, por pelo menos uma hora. O aleitamento imediatamente após o nascimento está associado com a prevenção de morbimortalidade neonatal e com o maior tempo de duração do aleitamento materno exclusivo. O objetivo geral desta pesquisa foi verificar a ocorrência do contato pele a pele ininterrupto e imediato após o nascimento e da amamentação na primeira hora entre a mãe e o recém-nascido. Para alcançar este propósito, adotou-se uma abordagem metodológica que compreendeu um estudo do tipo descritivo, transversal, documental e de abordagem quantitativa, realizado em um Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar no município de Belém, Pará. A população do estudo foi constituída por 67 parturientes. Os dados da pesquisa foram obtidos por meio de observação sistemática não participativa dos partos. Realizou-se a análise estatística descritiva (frequência absoluta e relativa) e análise estatística bivariada no Programa R v.4.2.2. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados obtidos revelaram que a prevalência do contato pele a pele na primeira hora de vida foi de 73,1% (n=49), sendo que o enfermeiro residente em obstetrícia foi o responsável por auxiliar no início do contato pele a pele em 38,8% (n=19) dos partos. Quanto ao tempo de contato pele a pele, 77,5% (n=38) dos recém-nascidos estiveram junto de suas genitoras no intervalo de 1 a 10 minutos após o nascimento. Em relação à amamentação na primeira hora, 59,7% (n=40) dos recém-nascidos conseguiram mamar na hora dourada. As considerações finais deste estudo demonstraram que a maioria dos neonatos fizeram contato pele a pele no tórax ou abdômen materno imediatamente ao nascer. Porém, nenhum dos recém-nascidos da amostra realizaram a duração de contato pele a pele que preconiza as literaturas. Também foi possível inferir que a taxa de aleitamento na 1ª hora de vida foi considerada boa, segundo critérios da Organização Mundial da Saúde.