This article examines Brazil’s project of incarceration through the figure of evasion (evasão)—the act of escaping prison custody, often temporarily. Evasion traces a path across the borders of captivity and freedom, as people routinely flee confinement, only to return of their own accord. I position both prisons and evasion as part of an ongoing history of, and tension between, Black fugitive life and emancipation in Brazil and the Americas. I argue that while evasion offers no clear exit from the punitive edge of the law, it produces another mode of inhabiting the time and territory of incarceration. With a focus on two incarcerated Black travestis, I outline some of these evasive movements and demonstrate the fault lines that they reveal—both within the prison system’s own claims to legitimacy and in the concepts that we bring to bear on incarceration.
RESUMO
O presente artigo examina o projeto brasileiro de encarceramento através da figura da evasão: o ato, muitas vezes temporário, de fugir da custódia penal. A evasão traça um caminho que atravessa as fronteiras entre a prisão e a liberdade, visto que as pessoas fogem frequentemente, voltando depois por vontade própria. Situo presídios e evasão como partes de uma história contínua e uma tensão entre vida negra em fuga e emancipação no Brasil e na América. Constato que, embora a evasão não ofereça saída do fio punitivo da lei, produz outro modo de habitar o tempo e o território do encarceramento. Focando em duas travestis negras presas, delineio alguns desses movimentos evasivos e demonstro as linhas de falha que elas revelam—tanto dentro das pretensões de legitimidade do sistema penal, como dos conceitos a que recorremos para analisar o encarceramento.