“…A perspectiva da ciberpublicidade (AZEVEDO, 2012) aponta que as práticas cotidianas decorrentes do uso generalizado dos diversos dispositivos digitais (normalmente conectados à internet, mas não exclusivamente) forçaram anunciantes e publicitários a reconfigurarem o esquema de abordagem e trato com os consumidores, estabelecendo novas negociações discursivas e constituindo um novo modelo de fazer publicitário, o qual ora classificamos de ciberpublicidade. (AZEVEDO, 2012, p. 2) Assim como em Covaleski (2015), em Azevedo (2012), o publicitário recebe pouco protagonismo porque sua perspectiva destaca a acentuada participação dos receptores na produção e circulação atual de mensagens publicitárias. Além de mencionar os anunciantes como agentes que conduzem estrategicamente essa sinergia entre práticas de receptores e produtores da publicidade, Azevedo considera também que, em vez de rivalizar com essa nova massa enunciadora (o que obviamente instauraria um antagonismo entre comunicação oficial de marcas, de um lado, e comunicação espontânea sobre marcas, de outro), os anunciantes têm desenvolvido estratégias poderosas de monitoramento e engajamento dessa massa produtora de conteúdos, o que acaba por forçosamente transformar o consumidor num aliado para a disseminação de mensagens positivas sobre a marca.…”