A Segunda Guerra Mundial foi um conflito que deixou marcas para além do campo de batalha. Mesmo com seu fim, uma série de questões ainda demandavam atenção, como a falta de comida, destruição material, pessoas espalhadas pelo continente em decorrência de deslocamentos voluntários ou não, represálias pessoais e punições extraoficiais. Nesse sentido, era de se esperar que muitas pessoas, por essas experiências vividas na guerra e nesse imediato pós-guerra, questionassem a Deus e suas crenças. O presente artigo, contudo, por meio do caso do “milagre de San Gennaro”, em Nápoles, narrado por Norman Lewis, na época soldado britânico em missão na Itália, busca mostrar como a religiosidade, em especial a católica, continuou a existir e até mesmo fora reforçada pela guerra.