“…Durante esta fase, para além do impacto na vida da gestante, o seu núcleo familiar também sofre alterações que podem interferir na qualidade de vida. (ALVEZ; BEZERRA, 2020).Nesse contexto,Campos (2022), reflete tanto sobre a gestação quanto o período pósparto, caracterizados por momentos de adaptações na vida da mulher, especialmente o puerpério, por ser mediado por fatores biológicas, comportamentais, psicológicas e socioculturais, além do corpo está retornando às condições fisiológicas anteriores à gestação, ao mesmo tempo que ocorre a adaptação do binômio mãe-filho, e que por muitas vezes pode apresentar sinais de alterações psíquicas neste período.Em geral, estas mudanças tendem a aumentar o risco de sofrimento emocional e de qualidade psíquica na vida da mulher, podendo elevar o risco para o adoecimento mental(LEITE et al, 2021). Como também mostramAraújo et al (2012), ao evidenciar que algumas destas alterações ultrapassam as questões fisiológicas e chegam a trazer alterações na imagem, desconfortos corporais, além de menor disposição, sonolência, tristeza, culpa e medo.Entre os transtornos mentais que mais acometem as mulheres durante a gestação, parto e puerpério, e que influenciam diretamente em sua saúde mental, pode-se destacar: a depressão pós-parto (transtorno psíquico de grau moderado ou severo); o baby blues (alteração psíquica transitória); e o, transtorno psicótico puerperal (distúrbio de humor grave)(BOSKA et al, 2016 e BRASIL, 2012.A depressão pós-parto (DPP) é evidenciada no contexto brasileiro com certa variabilidade em suas estimativas de 7,2 a 43% na cidade do Rio de Janeiro-RJ; e em Goiânia -GO estimam de 12 a 39,4%.…”