O termo Qualidade de Vida apesar de não possuir uma definição consensual, se baseia na percepção individual de um completo bem-estar físico, mental e social que permeia um conceito dinâmico, amplo, subjetivo e polissêmico. O indivíduo estomizado necessita de cuidados pós-operatórios e ajuda nas tarefas do dia a dia, além do autocuidado e interações sociais para se manter psicologicamente e fisicamente saudável já que são inúmeras mudanças nos hábitos e rotina de vida. A partir dessa perspectiva, surge o seguinte questionamento para o estudo: Quais os impactos da estomia nos diferentes ciclos de vida? O objetivo dessa pesquisa foi analisar a repercussão da confecção de um estoma intestinal de pacientes em diferentes estágios da vida, colaborando para a atualização do conhecimento em múltiplas asserções. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo análise reflexiva, elaborado a partir revisão da literatura sobre as “interfaces das estomia intestinais nos ciclos de vida”. Para tanto, foi realizada uma revisão narrativa. Os estudos de revisão narrativa são publicações com a finalidade de descrever e discutir o estado da arte de um determinado assunto. Os resultados obtidos por meio da revisão de literatura permitem dizer que a qualidade de vida das pessoas com estomia é um aspecto fundamental para a sua saúde física, emocional e social. Em cada ciclo de vida, as pessoas estomizadas enfrentam desafios específicos que afetam a sua rotina e sua forma de se relacionar na sociedade. Por fim, é importante destacar que a qualidade de vida das pessoas com ostomias não é apenas uma questão de escolha do dispositivo ideal, mas também de acesso a cuidados de saúde adequados e de políticas públicas que garantam o acesso a dispositivos e materiais de qualidade. É importante que esses indivíduos estejam sempre sendo acompanhados por uma equipe multiprofissional, junto com uma rede de apoio familiar propiciando o autocuidado, e a manutenção de sua autoimagem.