O trabalho objetiva elencar as práticas de resistências religiosas afro-brasileiras no contexto Amazônico, mas especificamente no Pará, na cidade de Ananindeua. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, a partir de entrevistas e registros fotográficos, além das pesquisas bibliográficas. O trabalho instiga o combate a invisibilização e a ideia de passividade mórbida dos negros, construída durante seis séculos desde a invasão colonial em 22 de abril de 1500. Dessa maneira, tentou-se compreender a trajetória histórica dos negros no Brasil, assim como, sua contribuição para a cultura brasileira, culminando em suas manifestações religiosas, como resultados de resistências contra sua desqualificação e desmonte cultural. Conclui-se que os elementos que constituem o seu patrimônio cultural são resultados de uma constante resistência, diante de muitas lutas pela visibilidade e que as religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, assim como, o Terreiro ILÉ ASÉ NI BABA KIJÁ em Ananindeua, no estado do Pará, estão aí para mostrar esta resistência, discordando de quem defende uma passividade mórbida, vinda dos negros no decorrer da história do Brasil.