O presente estudo tem como objetivo analisar casos de crianças e adolescentes que receberam diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou possuem a suspeita do referido diagnóstico, levando em conta a importância de um diagnóstico diferencial entre autismo e psicose nessa faixa etária. Observa-se a partir da história do diagnóstico de autismo, que o TEA acabou por homogeneizar e absorver outros transtornos graves do desenvolvimento. Na condição de exclusão da psicose infantil do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM) e do acelerado crescimento do diagnóstico de autismo. Considera-se a hipótese de que, atualmente, dentro do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo confunde-se com a psicose e outros transtornos graves presentes na infância e adolescência. A pesquisa foi realizada no Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) da Asa Norte – Brasília - Distrito Federal (DF), utilizando amostra de dois casos. Utilizou-se como metodologia de pesquisa o estudo de caso, e para a análise de dados, análise de conteúdo de Laurence Bardin. A partir dos resultados, concluiu-se a importância de realizarmos uma investigação diagnóstica pautada na escuta do sujeito, buscando compreender o sujeito em relação e não somente a partir da análise de sinais e sintomas ditos observáveis.