RESUMO:Os minerais foram vistos apenas como fontes de produtos quĂmicos: minĂ©rio de ferro, minĂ©rio de cobre, etc. No entanto, nĂŁo sĂŁo apenas associaçÔes de elementos quĂmicos, uma vez que apresentam estruturas cristalinas. Essas duas caracterĂsticas em conjunto proporcionam propriedades que podem ser tecnologicamente Ășteis. Mesmo que um mineral ocorra em quantidade muito pequena, o que nĂŁo permite a sua extração, pode servir como um modelo para a obtenção do anĂĄlogo sintĂ©tico em uma escala industrial. Ă necessĂĄrio que uma proposta de novo mineral seja submetida Ă aprovação pela ComissĂŁo de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC) da Associação MineralĂłgica Internacional (IMA) antes da publicação. Somente 65 espĂ©cies minerais vĂĄlidas foram descritas pela primeira vez no Brasil, isto Ă©, minerais-tipo do Brasil. Dezenove delas foram publicadas entre 1789 e 1959 (0,11 por ano). De 1959, quando a CNMMN (hoje CNMNC) -IMA foi criada, atĂ© 2000, 18 espĂ©cies minerais brasileiras aprovadas permanecem vĂĄlidas (0,43 por ano). No entanto, o nĂșmero de minerais-tipo do Brasil aprovados nos Ășltimos 15 anos (2000 -2014) foi substancialmente maior: 28 (1,87 por ano). Esse nĂșmero Ă© muito pequeno considerando a grande variedade de ambientes geolĂłgicos brasileiros. As duas primeiras espĂ©cies-tipo do Brasil, descobertas no sĂ©culo 18, crisoberilo e euclĂĄsio, sĂŁo importantes minerais gemolĂłgicos. Dois outros minerais-gema, membros do supergrupo da turmalina, foram publicados apenas no sĂ©culo 21: uvita e fluor-elbaĂta. Alguns minerais-tipo do Brasil sĂŁo muito importantes tecnologicamente falando. Alguns exemplos sĂŁo menezesita, coutinhoĂta, lindbergita, pauloabibita e waimirita-(Y). menezesite, coutinhoite, lindbergite, pauloabibite, and waimirite-(Y).
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