Controle da dor em bovinos

Abstract

Com a crescente preocupação social quanto ao tratamento moral e ético dos animais de produção, o controle da dor em bovinos é um tema de grande relevância. Levando em consideração que os animais de produção são os que mais sofrem com a dor dentre os animais domésticos, faz-se necessário o desenvolvimento de estratégias e alternativas que minimizem o sofrimento e melhorem a qualidade de vida destes animais. É de extrema relevância conhecer as vias fisiopatológicas da dor, bem como classificá-las como adaptativa ou não adaptativa, crônica ou aguda, levando em consideração aspectos como intensidade e duração do estímulo doloroso. A utilização de estratégias que minimizem e previnam a ocorrência da dor é importante principalmente em casos de dor aguda resultante de procedimentos cirúrgicos. A utilização de anestésicos locais, anti-inflamatórios (esteroidais e não esteroidais), analgésicos sedativos (alfa-2 agonistas, opioides e antagonistas dos receptores NMDA), bem como possíveis associações, tem se mostrado eficaz em bovinos. Entretanto, vale ressaltar que para a utilização dos diferentes fármacos disponíveis, é necessário o conhecimento de farmacocinética, início de ação, duração, técnicas e vias de administração. A compreensão dos mecanismos associados à dor, bem como a seleção racional de fármacos, é necessária para que o subsequente tratamento da dor obtenha êxito, evitando assim, casos de progressão de dor aguda em crônica, que possam tornar o paciente refratário ao tratamento. O objetivo do presente trabalho é descrever as vias fisiopatológicas da dor, bem como as características dos principais fármacos disponíveis para o tratamento da dor em bovinos.

Acute post-orchiectomy pain does not reduce alpha rams’ interest in feed resources

“…Social interactions analyzed in the first and second testing batteries recognized levels of hierarchy among rams from the same group and consistently identified the alpha ram. After orchiectomy, alpha rams had high USAPS scores, confirming the expected pain, as predicted by the preoperative analgesic half-life ( 23 ). However, alpha rams do not have reduced interest in the highly contestable feed resource in the presence of acute postoperative pain, rejecting our hypothesis.…”

“…The instrument adopted to diagnose acute pain (USAPS) ( 17 ) in the present study indicated pain exclusively for alpha rams at the evaluation 8 h after orchiectomy, predicted to be the peak of postoperative pain due to the duration of the preoperative analgesia effect ( 23 ). Although the USAPS was initially developed and validated to assess abdominal pain induced by laparoscopy in female sheep, we suggest that the instrument was sensitive and specific enough to diagnose pain due to orchiectomy in rams.…”

“…The final behavioral test (11 th assessment) was performed 8 h post-orchiectomy of the alpha rams (16:30), at the expected peak of acute postoperative pain, based on the flunixin meglumine half-life ( 23 ). Immediately after the behavioral test, a second dose of flunixin meglumine was given to avoid the animals from suffering pain.…”

Complicações no parto bovino e a intervenção cirúrgica cesariana

“…Os anestésicos locais desempenham um papel crucial na administração de analgesia em animais de produção, garantindo a ausência de dor durante procedimentos cirúrgicos (Cortopassi et al, 2022;Massone, 2017;Muri et al, 2010). O mecanismo de ação desses anestésicos, como o cloridrato de lidocaína e o cloridrato de bupivacaína, envolve o bloqueio dos canais de sódio, impedindo a transmissão de impulsos nervosos e resultando na perda da sensação dolorosa (Amaral et al, 2018;Gaynor & Muir, 2009;Schade et al, 2021). No entanto, a eficácia desses anestésicos pode ser comprometida em tecidos inflamados ou infectados, nos quais o pH ácido interfere em seu funcionamento ideal.…”

“…A diversidade de PUBVET Doi: 10.31533/pubvet.v18n03e1556 técnicas de administração, como anestesia infiltrativa, bloqueio perineural, anestesia regional e bloqueio de Bier, oferece opções aos veterinários. A escolha do método depende da região que necessita de anestesia (Gaynor & Muir, 2009;Schade et al, 2021).…”