RESUMOEste trabalho teve como objetivos avaliar, in vitro, a fungitoxicidade dos extratos brutos aquosos (EBAs) de Achillea millefolium, Artemisia camphorata, Cymbopogon citratus e Rosmarinus officinalis contra Alternaria solani e o efeito protetor destes extratos em plantas de tomateiro em casa-de-vegetação. Para verificar a atividade antifúngica, os EBAs foram incorporados ao BDA e avaliadas a inibição do crescimento micelial, a esporulação e a germinação de conídios. O efeito protetor em plantas foi avaliado através da pulverização preventiva (72h antes da inoculação) dos EBAs, nas concentrações de 10 e 20%, nas duas primeiras folhas. A severidade da doença foi verificada 15 dias após a inoculação. Verificou-se que os EBAs não inibiram o crescimento micelial, mas tiveram efeitos significativos na redução da esporulação e da germinação de conídios, principalmente os EBAs de A. camphorata, C. citratus e R. officinalis, a partir da concentração de 20%. Já em relação à proteção das plantas verificou-se uma redução no número de lesões em relação à testemunha, nas folhas acima das tratadas, observando o efeito sistêmico dos extratos. Os extratos estudados podem ser promissores no controle da pinta-preta em tomateiro. Palavras-chave: Alternaria solani, controle alternativo.
ABSTRACT Antifungal activity and protection of tomato plants by extracts of medicinal plantsThe present work aimed to evaluate, in vitro, the fungitoxicity of aqueous crude extracts (ACEs) of Achillea millefolium, Artemisia camphorata, Cymbopogon citratus and Rosmarinus officinalis to Alternaria solani and their protective effect on tomato plants under greenhouse conditions. To evaluate the antifungal activity of ACEs, they were incorporated into potato-dextrose-agar medium and the inhibition of mycelial growth, sporulation and conidia germination was evaluated. The protective effect in plants was evaluated by means of preventive spraying (72 hours before inoculation) with ACE, at concentrations of 10 and 20%, in the first two leaves. Disease severity was verified 15 days after inoculation. It was observed that ACEs did not inhibit mycelial growth, but they had significant effects on the reduction of germination and sporulation, especially the ACEs of A. camphorata, C. citratus and R. officinalis, at concentrations up to 20%. A reduction was observed in the number of lesions in relation to the control, in leaves above those treated, observing the systemic effect of the extracts. The extracts from the studied plants may be promising in the control of early blight on tomato plants.