This paper aims to investigate the impact of socialization mechanisms for value creation in buyer-supplier relationships. Drawing upon relational view and socialization mechanisms, it is argued that the buyer-supplier relationship can provide positive outcomes for its supply chain. Structural Equation Modeling performed on data collected from Purchasing and Supply Chain Executives indicates that both formal and informal socialization
IntroduçãoAs primeiras discussões sobre o processo de socialização dentro das organizações iniciaram-se nos estudos de comportamento organizacional. Até o final dos anos 1970, os estudos sobre socialização eram focados no indivíduo e em sua participação em grupos de uma forma geral, na qual este poderia aprender por meio da interação com os demais e entender quem desenvolvia as regras sobre o que. A tratativa dada até então se limitava ao reconhecimento ou punição de ações corretas e incorretas (LOUIS, 1980). A partir do final dos anos 1970, a socialização organizacional redirecionou seu foco do indivíduo para uma ótica coletivista e intraorganizacional. Este movimento pode ser percebido nos estudos de Van Maanen (1978) e Louis (1980. A socialização organizacional passa, então, a ser vista como o processo pelo qual um indivíduo vem a apreciar valores organizacionais, desenvolver habilidades, comportamentos esperados e o conhecimento social essencial para assumir uma responsabilidade ou função organizacional para, assim, participar como um membro de determinada instituição. Novos entrantes deveriam aprender as regras e culturas de dentro e de fora da própria organização (LOUIS, 1980). De modo geral, a socialização organizacional era considerada como o processo pelo qual um indivíduo adquire o conhecimento social e as competências necessárias para assumir seu papel na organização ( VAN MAANEN, 1978).Nesta fase, também, economistas e sociólogos passaram a investigar os fluxos de informação como sendo processos de formação de redes para compreender seu significado para o âmbito corporativo (MARTES et al., 2006). Até então, evidências empíricas sugerem que o número de estudos sobre socialização interorganizacionais era baixo, porém, a partir do final dos anos 1980, houve um aumento de interesse significativo nos relacionamentos interorganizacionais (GULATI; GARGIULO, 1999) e o interesse sobre este tema ainda permanece (TERPEND et al., 2008;