A minha mãe, tão querida, que, onde estiver, participa comigo deste momento.Ao Paulo, por todos estes anos de convívio, por seu estímulo e apoio irrestritos, por acreditar em mim e neste trabalho.Às grandes bênçãos de minha vida: Rafa, Bia, Marinho, Dudu.Às mais que amigas, verdadeiramente, minhas irmãs, Laura, Cynthia e Jussara.A Sra Ercília Pinheiro, por me ensinar, com sua força e sabedoria, a superar todos os percalços da vida.A Deus, acima de tudo. Ao Dr. José Eduardo Levi, por sua disponibilidade e competência, esclarecendo minhas dúvidas, contribuindo de forma decisiva para a conclusão deste trabalho.A Nadily e Silva Carretiero, por sua colaboração, dedicada e competente, na execução das reações.
A todos os médicos e chefes de clínicas do Instituto de Infectologia EmílioRibas e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, por sua inestimável contribuição na seleção e avaliação dos pacientes, meus sinceros agradecimentos.Ao Dr. José Marcos Pereira Costa, diretor do laboratório clínico do IIER e, a Dra. Patrícia Novoa, chefe do setor de líqüor e todos os seus funcionários, pelo fornecimento das amostras utilizadas na padronização da PCR. Embora tenha sido descrita inicialmente em 1930 pelo neuropatologista alemão Hallervorden como "doença não classificável"(citado por BERGER, 1999), a LEMP foi claramente delineada como síndrome em 1958 por Astrom e col, com a apresentação de três casos de uma rara doença humana desmielinizante, denominada por eles de "leucoencefalopatia multifocal progressiva" (LEMP), que surge como uma complicação tardia de doenças neoplásicas extra-craniais, preferencialmente do tecido linfóide (ASTROM et al, 1958).
2A caracterização dessa doença foi feita com base nos achados histopatológicos característicos: desmielinização resultante da destruição dos oligodendrócitos,hipertrofia nuclear nos oligodendrócitos que apresentam densa basofilia e perda dos detalhes nucleares e, finalmente, hiperplasia dos astrócitos, que se apresentam como células gigantes de aspecto bizarro, semelhantes a células neoplásicas (ASTROM et al, 1958).A etiologia da LEMP permaneceu incerta, embora a demonstração de corpúsculos de inclusão no núcleo dos oligodendrócitos infectados indicasse uma possível etiologia viral (CAVANAUGH et al, 1959, RICHARDSON, 1961 A leucoencefalopatia multifocal progressiva era, inicialmente, uma doença rara, que ocorria em pacientes imunologicamente debilitados por doenças crônicas, doenças genéticas tais como a síndrome "Wiskott-Aldrich" (Katz et al, 1994) ou uso prolongado de drogas citotóxicas ou imunossupressoras (NAGASHIMA et al, 1981, KATZ et al, 1994. Desde sua identificação inicial por Astrom e col como uma complicação rara da doençade Hodgkin e leucemia linfocítica crônica, casos subseqüentes foram descritos, em pequeno número, em associação com outras leucemias e linfomas ou em pacientes submetidos à quimioterapia para tratamento de câncer ou ainda, recebendo terapia imunossupressora pós-transplante de órgãos (GRENLEE, 1998).Com o surgimento e a evolução da epid...