INTERFACES WITH THE INDUSTRY. Brazilian chemical industries face several problems regarding Research, Development and Innovation (RDI). The present paper shows that simple cooperation between chemical industries and university laboratories can be a way to overcome some of the present difficulties. The work carried out at LABOCAT has several industrial interfaces. It involves, among other areas of RDI, the development of anti-HIV-protease (and other virus-related-protease) drugs, the establishment of new (industrial) chemical processes and the implementation of industrial (biodiesel and related) plants. A model based on the present so called RHAE programme is proposed in which, parallel to the fellowship awards of this programme, financing participation of Brazilian Agencies would cover process development.Keywords: process development; pharmaceuticals; biotechnology.
INTRODUÇÃOO Brasil tem problemas imensos e tudo ainda está por fazer. No caso da Indústria Química, nosso parque industrial não está à altura da dimensão econômica do País. Se, por um lado, fomos capazes de criar tecnologias para exploração de petróleo e para desenvolvimento do uso de outras formas de energia, por outro não fomos capazes de criar uma indústria de intermediários químicos avançados e de produtos finais (especialidades).Há necessidade premente de apoio governamental a indústrias brasileiras de intermediários e finais, particularmente, no que diz respeito à produção de APIs (ingredientes farmacêuticos ativos = princípios ativos dos medicamentos), já que quase a totalidade deles é importada. Recentemente, na questão das patentes do tenofovir diisoproxil fumarato (Viread ® ), efavirenz (Sustiva ® ) e ritonavir e lopivavir (Kaletra ® ) viu-se o grau de fragilidade e dependência externa de nosso país.Urge reequipar Universidades e Centros de Pesquisa (Públicos ou Privados), criar um sistema de pleno emprego de doutores em Química com aproveitamento imediato em indústrias e universidades. É preciso expandir o quadro e a remuneração dos bolsistas de produtividade do CNPq e, ao mesmo tempo, incentivar a interação universidade-indústria.O modelo RHAE (Programa de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas -CNPq) é interessante para as indústrias em termos de apropriação de mão-de-obra, ao menos temporariamente, Porém, não há nele, ou relacionado a ele, um sistema que permita o financiamento para o projeto e sua posterior implementação em escala comercial, nem contra-partidas, para a Universidade, nos casos de parcerias com o setor privado.Da mesma maneira, a fixação do pesquisador na indústria, no período pós-projeto, deveria ser incentivada por mecanismos adicionais e/ou ao abrigo da chamada Lei da Inovação. A ênfase deverá ser sempre o apoio continuado e crescente, ao longo do tempo, à pesquisa como atividade sistêmica (e não pontual).O Laboratório de Catálise (LABOCAT) está envolvido no desenvolvimento de processos químicos e bioquímicos e procura atender as demandas industriais sem perder o foco de formação de recursos humanos, atividade-fim da...