Objetivo: analisar o perfil sociodemográfico, obstétrico e de uso problemático de álcool e outras drogas durante a gestação, em mães adolescentes com filho hospitalizado. Método: Pesquisa descritiva, quantitativa. Coleta de dados ocorreu em duas unidades de terapia intensiva neonatal, no estado e município do Rio de Janeiro com consulta aos prontuários. Realizou-se análise estatística descritiva simples. Resultados: As 13 adolescentes estavam na faixa etária de 13 a 17 anos (69,2%), solteiras (92,3%), com ensino fundamental incompleto (84,6%), renda familiar de um salário-mínimo e meio (92,3%). Recém-nascidos gestados com pré-natal incompleto (61,5%), idade gestacional pré-termo (69,2%) e a termo (30,8%). Predominou o parto vaginal (69,2%) e os bebês tiveram diagnóstico de internação prevalente para desconforto respiratório precoce (38,4%) e prematuridade (38,4%). Iniciaram o uso de drogas na faixa etária entre 10 e 15 anos de idade (61,5%), usaram, principalmente, o álcool (92,3%), cigarros (30,7%), maconha (30,7%) e crack (15,4%). Conclusão: Os dados sociodemográficos comprovaram perfil semelhante ao descrito na literatura. As mães adolescentes apresentam características que as tornam vulneráveis em nível individual e social. Apresentaram consumo problemático de álcool (92,3%), cigarros (30,7%), maconha (30,7%) e crack (15,4%) durante a gestação. Os filhos recém-nascidos são internados por prematuridade, desconforto respiratório precoce, sífilis congênita, hipoglicemia, baixo peso, asfixia neonatal, sepse e cardiopatia congênita. Ratifica-se a importância de capacitação e/ou treinamento dos enfermeiros e demais profissionais da área da saúde, no acolhimento à esta mulher para prevenir e detectar o uso dessas substâncias, evitando comorbidades gestacionais e a morbimortalidade no filho.