Objetivou-se por meio desta revisão descrever as principais características da cultivar BRS capiaçu, como botânica, condições edafoclimáticas para seu cultivo, dando enfase sobre sua produção de biomassa e valor nutritivo, bem como, produção de silagem. A produção de ruminantes no Brasil é baseada no uso de culturas forrageiras como a principal fonte de nutrientes para animais. O capim-elefante (Pennisetumpurpureum) é uma gramínea forrageira tropical, tradicionalmente fornecida aos animais no cocho ou na forma de silagem. A cultivar BRS capiaçu foi lançado pela Embrapa gado de leite em 2016 e se destaca pela alta produtividade de biomassa. Este cultivar produz em média 50 t de matéria seca por ha/ano. É caracterizada pela floração tardia, porte alto, touceiras eretas, folhas largas, glabras e caule grosso. A cultivar BRS capiaçu possui adaptação à colheita mecanizada, e menor custo de produção por hectare de matéria seca em relação as silagens de milho e sorgo. Seu valor nutritivo é dependente da idade de rebrota em que a forragem é colhida. O aumento no tempo de rebrota eleva principalmente a deposição de lignina, reduzindo a digestibilidade da MS. Quando fornecido verde e picado, colher a planta com altura de 2,5 a 3 m. Para produção de silagem atentar-se quanto ao teor de MS, no entanto, evitar ensilagem com plantas com mais de 120 d de rebrota devido ao menor valor nutricional. Uso de aditivos melhora os resultados na produção de silagem. Por sua alta produtividade e tolerância ao estresse hídrico, a cultivar BRS capiaçu se apresenta como uma nova opção de enfrentamento da seca no semiárido mineiro, permitido manter a produção animal durante período de escassez de forragem nos pastos. Mesmo apresentando valor nutricional inferior à silagem de milho e sorgo, o menor custo de produção de biomassa da BRS capiaçu compensa o aumento nos gastos com concentrado. Diferentes estrategias devem ser adotadas para seu fornecimento em função da categoria animal utilizada.