“…Analisando a "perseguição policial ao candomblé baiano entre 1920 e 1942", Angela Lühning informa que "os objetos de culto apreendidos eram ou destruídos, ou levados ao Instituto Geográfico e Histórico", que ganhava "as bugingangas (sic) e os troços" (1995-1996: 195, 201). Com efeito, as maiores coleções com artefatos usados nas religiões afro-brasileiras foram formadas a partir de ações coercitivas da Polícia sobre comunidades religiosas em diferentes estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo (Maggie, 1992;Lühning, 1995Lühning, -1996Amaral, 2000;Pinto, 2002;Figueiredo, 2009;Santos, 2009;Rafael, 2012;Sousa Júnior 2018). Arbitrárias, as batidas policiais visavam ao cerceamento de práticas culturais de segmentos sociais marginalizados e vulneráveis.…”