O trabalho em home office transformou-se em rotina no cotidiano da sociedade global, em decorrência da pandemia da covid-19. No novo contexto, os espaços familiares de moradia e convivência tiveram de ser adaptados para atividades remotas on-line. Inicialmente positiva, essa modalidade foi impactada pelo ambiente inadequado e pela ergonomia, afetando a saúde física e mental dos indivíduos, causando ansiedade, insegurança quanto aos objetivos e às metas a serem alcançados e, consequentemente, diminuindo a satisfação inicial e apresentando oscilações de produtividade. Com base em pesquisa realizada junto aos usuários de home office, este artigo traz a análise da percepção desses indivíduos sobre a produtividade obtida nos espaços adaptados e demonstra que a visão sobre a constituição desse local de trabalho não corresponde ao que a literatura preconiza como agradável e produtivo. Como resultado da pesquisa, o artigo apresenta uma forma de melhorar e aumentar a produtividade e a saúde de seus usuários, e propõe diretrizes para o desenvolvimento de projetos e adaptações de ambientes residenciais para home office, com base nos conceitos de neuroarquitetura, ergonomia física e cognitiva, design biofílico e experiência do usuário (UX). A aplicação das diretrizes propostas possibilitará a criação de um ambiente saudável, produtivo e adequado ao bem-estar de quem o utiliza.