Objetivo: verificar a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPIs) entre profissionais de saúde atuantes no contexto da pandemia de Covid-19 em Minas Gerais/Brasil. Método: estudo transversal realizado com profissionais de saúde independente do nível de atenção em Minas Gerais. Inclui-se um questionário elaborado pelos autores contendo a categorização dos profissionais e disponibilidade dos EPIs. Os dados foram coletados por meio de formulário on-line hospedado na software Kobotoolbox.As associações entre as variáveis foram verificadas por meio do teste de qui-quadrado e avaliada a razão de prevalência. Resultados: participaram do estudo 397 profissionais de saúde, sendo 193 fisioterapeutas (48,6%), 121 enfermeiros (30,5%), 60 técnicos/auxiliares de enfermagem (15,1%) e 23 médicos (5,8%). Havia disponibilidade de EPIs “sempre conforme recomendado” para luvas, 323 (81,4%); máscaras cirúrgicas, 321 (80,9%); máscaras N95, 267 (67,3%), e óculos protetores, 248 (62,5%). Os fisioterapeutas tiveram prevalência referida uma vez maior de indisponibilidade de luvas (RP=1,268; p< 0,001), máscaras (RP=1,106; p = 0,027) e óculos (RP= 1,187; p = 0,018) quando comparados aos demais profissionais. As luvas foram referidas como mais disponíveis pelos enfermeiros (RP= 0,861; p = 0,002) e técnicos de enfermagem (RP= 0,831; p = 0,001)quando comparados aos demais profissionais. Técnicos de enfermagem referiram maior disponibilidade de óculos (RP= 0,803; p = 0,019) e máscaras N95 (RP=0,833; p = 0,031) quando comparados aos demais trabalhadores. Conclusão: A indisponibilidade de EPIs mesmo sendo referida por pequena parcela dos participantes pode acentuar o risco de exposição dos profissionais durante a assistência direta aos pacientes.