Introdução: A pandemia de COVID-19, iniciada em dezembro de 2019, desencadeou desafios significativos, incluindo o reconhecimento e tratamento das suas sequelas neurológicas. Estudos indicam uma associação entre o vírus SARS-CoV-2 e sintomas neurológicos graves, como anosmia, cefaléia e alterações do estado mental. Objetivo: Este estudo propõe uma análise abrangente das sequelas neurológicas, visando melhorar o entendimento e o manejo clínico dessas complicações. Desenvolvimento: A anosmia, a perda do olfato, é um sintoma comum do COVID-19, afetando cerca de 44,1% dos pacientes. Embora geralmente temporária, sua incidência varia globalmente, sendo menor na Ásia Oriental. Na COVID-19, a anosmia pode surgir devido a obstrução mecânica ou lesões nos neurônios sensoriais. Estudos indicam que a maioria dos pacientes se recupera em 1-3 semanas, mas alguns podem enfrentar perda prolongada. Parosmia e fantosmia, distorções olfativas, afetam até 56% dos pacientes, impactando a qualidade de vida. O tratamento inclui terapia de treinamento olfativo e irrigação nasal. A COVID prolongada pode causar comprometimento cognitivo, afetando a concentração e agravando condições neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. A idade avançada e as comorbidades aumentam o risco. A COVID também está associada à cefaléia, especialmente em mulheres, e à encefalopatia, levando a alterações mentais. O vírus pode aumentar a coagulação sanguínea, aumentando o risco de AVC isquêmico ou hemorrágico. O tratamento envolve terapia anticoagulante e prevenção de fatores de risco. Conclusão: A pandemia de COVID-19 apresenta desafios neurológicos, como a anosmia e o comprometimento neurocognitivo. Pacientes com doenças neurodegenerativas enfrentam riscos aumentados. Estratégias preventivas, como vacinação e controle da hipercoagulabilidade, são cruciais para mitigar o impacto neurológico da doença e alcançar melhores resultados para os pacientes.