RESUMO Objetivo Investigar a influência do tipo de fissura sobre o aparecimento da hipernasalidade após o avanço cirúrgico da maxila (AM). Método A nasalidade foi determinada por meio da medida de nasalância (correlato acústico da nasalidade) utilizando-se a nasometria. Foi realizada a análise dos escores de nasalância de 17 indivíduos com fissura isolada de palato (FP), 118 com fissura de lábio e palato unilateral (FLPU) e 69 com fissura de lábio e palato bilateral (FLPB), de ambos os sexos, com idades entre 18 e 28 anos, submetidos ao AM. Apenas indivíduos com escores de nasalância indicativos de ressonância equilibrada previamente ao AM foram incluídos neste estudo. A nasometria foi realizada, em média, três dias antes e 15 meses após o AM. A proporção de pacientes que apresentaram escores de nasalância indicativos de hipernasalidade após o AM foi calculada por meio do teste ANOVA e a comparação entre os diferentes tipos de fissura foi realizada utilizando-se o teste Qui-quadrado (p < 0,05). Resultados Não foi observada diferença significante entre as proporções de indivíduos com hipernasalidade, de acordo com o tipo de fissura. Conclusão A nasometria mostrou que o aparecimento da hipernasalidade após o AM, em indivíduos com fissura de palato envolvendo ou não o lábio, ocorreu em proporções similares independentemente do tipo de fissura.