ResumoEste artigo tem o objetivo de alertar e informar sobre as principais infecções do sistema nervoso central pós-procedimento da craniotomia, revisando dados epidemiológicos, profiláticos, fatores de risco, tratamento e outros pontos relevantes da infecção de ferida operatória, de meningite e de abscesso cerebral. Averígua-se a importância dos cuidados de assepsia com a lavagem do sítio cirúrgico com antisséptico degermante seguido de solução antisséptica alcoólica com princípio ativo (PVPI ou clorexidina), da equipe cirúrgica na degermação das mãos e paramentação e com os instrumentais e sala cirúrgica. Além disso, é discutido o valor da realização ou não da tricotomia, já que esta não mostra diferenças relativas nas incidências em acometimentos de patógenos. É de conclusão principal que, mesmo com as baixas incidências dessas infecções pós-craniotomias, estudos mais abrangentes e informativos sobre o assunto devem ser realizados em todo o mundo, por causa da gravidade do quadro clínico, seus prognósticos ruins, tratamentos intensivos, envolvimento de equipes multiprofissionais, extensão dos dias de internação, estadia em unidade de terapia intensiva e alta morbimortalidade.