Resumo Neste trabalho, uma análise detalhada do mecanismo de fratura durante ensaio de tração foi conduzida para um aço inoxidável do tipo AISI 444. Os materiais utilizados para a realização dos procedimentos experimentais foram 25 corpos de prova usinados no sentido de laminação. Cada um dos corpos de prova foi submetido a procedimentos padrão de lixamento e polimento. Uma amostra foi estruturalmente caracterizada por meio da técnica de microscopia óptica de luz refletida para análise do estado de entrega. As demais foram submetidas a ensaios de traçãocom taxa de aplicação de carga constante. Três amostras foram submetidas ao ensaio completo (até a fratura) e as demais até valores específicos de deformação, onde o ensaio foi interrompido e as amostras caracterizadas por microscopia ótica e microscopia eletrônica de varredura, com o objetivo de avaliar a evolução de danos e identificar o mecanismo de fratura nas condições testadas.Foi proposta uma metodologia de quantificação de danos por meio da rugosidade superficial identificada pela microscopia óptica. Este índice foi denominado "Índice de Danos por Reflexão Difusa" (IDRD). Por meio da utilização desta metodologia foi possível quantificar a evolução de danos em função da deformação do corpo de prova. Por meio das análises de microscopia eletrônica de varredura foi possível observar que o mecanismo de deformação predominante foi o de nucleação, crescimento e coalescimento de microcavidades, resultando em uma fratura dúctil. Palavras-chave: Ensaio de tração; Mecanismos de fratura; Fratura dúctil; Evolução de danos.