“…Esses comportamentos envolvem tanto aspectos sutis de falta de reciprocidade nas interações interpessoais quanto comportamentos de natureza agressiva, sendo explicados por múltiplas trajetórias desenvolvimentais (Frick e Viding, 2009). Comportamentos socialmente desviantes são comuns a diversas condições psicopatológicas; por exemplo, ocupam um papel central no Transtorno da Personalidade Antissocial (American Psychiatric Association, 2013), e são também correlatos de traços de psicopatia (Cooke, Michie, Hart e Clark, 2004), e de Transtorno da Personalidade Borderline (Chabrol, Valls, Leeuwen e Bui, 2012), Transtorno da Personalidade Narcisista (Reidy, Zeichner, Foster e Martinez, 2008), e Transtorno Bipolar (Swann et al, 2011), além de outras categorias nosográficas. De um ponto de vista neurobiológico, comportamentos antissociais, especialmente aqueles agressivos, são influenciados por uma baixa ativação das estruturas cerebrais frontais (e.g., orbitofrontal) e das amígdalas (Blair, 2004), bem como por uma alta razão testosterona/cortisol (Terburg, Morgan e Van Honk, 2009).…”