A aparição de pombos em locais com grande circulação de pessoas torna-se um grave problema à saúde, já que podem surgir doenças como criptococose, doença infecciosa fúngica potencialmente fatal e cosmopolita, causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, encontrado em excretas de aves, especialmente de pombos, o ecossistema urbano tem se tornado propício para permanência destas aves, tornando-se um problema ambiental e de saúde pública. Mediante esse fato, o trabalho teve como objetivo avaliar a incidência de Criptococcus neoformans em fezes de pombos na cidade de Porto Velho. As coletas foram realizadas em três locais estratégicos na cidade de Porto Velho e no Campus da Universidade federal de Rondônia. As amostras foram preservadas em formol e analisadas no Centro Interdepartamental de Biologia Experimental e Biotecnologia (CIBEBI) através de técnicas de exames parasitológicos de fezes (EPF) pelo método sedimentação espontânea e flutuação por densidade. Para análise, as lâminas com amostras foram submetidas a duas formas de coloração, com lugol e tinta china, observação morfológica em microscopia óptica com aumento de 100x e 400x. Os resultados confirmam o método de sedimentação como mais indicado e a coloração com tinta china o mais específico para diagnóstico. Foi identificado Cryptococcus neoformans em 25% das amostras, tanto em locais urbanos como periurbanos. Portanto, conclui-se que a população está exposta a contaminação em ambientes públicos, sendo necessária uma política de análise diagnóstica em unidades de saúde para que as infecções por fungos não sejam negligenciadas.