RESUMO Objetivo Analisar os fatores associados ao risco de pé diabético em pessoas com diabetes mellitus atendidas na Atenção Primária. Método Estudo observacional, analítico e transversal realizado em Teresina, Piauí, com pessoas diabéticas atendidas na Atenção Primária. A coleta de dados ocorreu mediante entrevista, exame clínico dos pés e análise do prontuário. Os dados foram analisados utilizando os testes estatísticos Mann-Whitney, Qui quadrado de Pearson e regressão logística múltipla. A força de associação entre as variáveis categóricas foi aferida pela Odds Ratio . Resultados Participaram 322 pessoas. A situação conjugal com companheiro apresentou fator de proteção (p = 0,007). A hipertensão arterial (p = 0,045), obesidade (p = 0,011), tabagismo (p = 0,027), não ter sido submetido ao rastreamento (p = 0,046), o controle inadequado da glicemia capilar (p < 0,001), a não disposição para cuidar dos pés (p = 0,014) e a não realização do autoexame dos pés com frequência (p = 0,040) se mostraram fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético. Conclusão Os aspectos sociodemográficos, clínicos e autocuidado interferem no risco de desenvolvimento do pé diabético, destacando a necessidade do rastreamento e de intervenções educativas eficientes para pessoas com diabetes mellitus na Atenção Primária.