The scans are the expression of a subculturalcollaborative practice of illegal scanning that deals with the fandom of Comics. This article will examine this practice and its users/members through data obtained between 2012 and 2014 in communities dedicated to scans and the analysis of the information collected seeking to explain how the production routines and distribution of scans works -how it is expressed through blogs, communities and forums dedicated to this practice. Through these data we suggest that the scan emerges as media-collaborative artifact and subcultural practice: a unforeseen expansion of a cultural artifact and instance that merges participation and collaboration as part of involvement and belonging.Keywords: Scans. Collaborative Cultura. New Media.
RESUMOOs scans são a expressão de uma prática subculturalcolaborativa de digitalização ilegal que ora dialoga com o domínio do fã de Histórias em Quadrinhos. O presente artigo procurará analisar tal prática e seus usuários através de dados obtidos de questionários aplicados entre 2012 e 2014 em comunidades dedicadas aos scans e da análise de dados coletados que procuram dar conta das rotinas de produção e distribuição de scans através de blogs, comunidades e fóruns dedicados a tal prática. A partir de tais dados consideramos que o scan emerge como artefato midiático-colaborativo e prática subcultural: ampliação imprevista de um artefato cultural e instância que mescla participação e colaboração enquanto elementos de envolvimento e pertença.
Cibercultura
IntroduçãoEste artigo pretende a análise quantitativo-qualitativa da prática subcultural e tecnoconvergente que se desenvolvera à margem do fandom 1 de Histórias em Quadrinhos e que atende pelo nome de scan. Sugerimos que os scans e seu entorno subcultural se aproximam de outras formas colaborativas e culturais que se desenvolveram refletindo a expansão tecnológico-convergente 1 Por fandom compreendemos o domínio e a cultura de experimentação concebidas por fãs ao lidar com as formas culturais e com os sistemas de produção e distribuição que se projetam à margem dos compostos industriais-culturais (Fiske, 1992, p. 30) alterados pela influência e experiências compartilhadas por estes mesmos fãs a partir dos usos comunitários e colaborativos que têm feito das tecnologias do digital (Booth, p. 39).