Cuide-se para Cuidar: a promoção do autocuidado entre mães de crianças com deficiência por meio da extensão universitária

Abstract

Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de Fisioterapia, Medicina, Enfermagem e Psicologia na realização do projeto de extensão “Cuide-se para Cuidar”, cujo objetivo era promover o autocuidado entre mães de crianças com deficiência. Relato de experiência: Durante 6 semanas, o projeto de extensão “Cuide-se para Cuidar” foi realizado e teve como metodologia rodas de conversa virtuais sobre autocuidado com mães de crianças com deficiência. A fim de promover qualidade de vida dessas mães, foram abordados aspectos sobre saúde mental e física, e assuntos diversos focados no bem-estar dessas mulheres, tais como autoestima, relacionamento conjugal, qualidade de sono e organização da rotina. Considerações finais: Foi possível observar a complexidade biopsicossocial das mães de crianças com deficiência. A extensão universitária possibilitou a compreensão da realidade da rotina, muitas vezes exaustiva, das cuidadoras que dedicam integralmente para o cuidado dessas crianças. O projeto proporcionou, portanto, o protagonismo das mães em seu autocuidado e valorizou sua experiência enquanto sujeitos concretos para a promoção da saúde.

Qualidade de vida de mães de crianças com deficiências físicas e mentais

“…O olhar da mãe para o seu filho reflete como espelho, desnuda as sensações e emoções que ela sente e que transmite ao filho 10 . O principal papel da família é dar respostas às necessidades individuais e coletivas dos seus elementos 11 . Ademais, existe uma sobrecarga materna diante dos cuidados da criança, pois o pai tende a não demonstrar grande envolvimento com ela, tendo o trabalho como um instrumento de fuga 12 .…”

“…Ademais, existe uma sobrecarga materna diante dos cuidados da criança, pois o pai tende a não demonstrar grande envolvimento com ela, tendo o trabalho como um instrumento de fuga 12 . O impacto pode deixar marcas profundas, fazendo com que a mãe se sinta responsável pela perda de uma criança sonhada, idealizada e planejada 11 . E o nascimento de um bebê deficiente traz à tona problemas sexuais 11 .…”

“…O impacto pode deixar marcas profundas, fazendo com que a mãe se sinta responsável pela perda de uma criança sonhada, idealizada e planejada 11 . E o nascimento de um bebê deficiente traz à tona problemas sexuais 11 . Uma vez que foi um ato de amor criar o bebê, pode haver um medo primitivo de que a relação sexual seja em si mesma danificadora 11 .…”

“…E o nascimento de um bebê deficiente traz à tona problemas sexuais 11 . Uma vez que foi um ato de amor criar o bebê, pode haver um medo primitivo de que a relação sexual seja em si mesma danificadora 11 . Com isso, a harmonia entre o casal e a família em geral podem abalar 13 .…”

“…Haja vista as necessidades de cuidados específicos e dedicação à criança com deficiência física ou mental, a busca do conhecimento da atenção dos profissionais de saúde direcionada tanto à criança, quanto à para a mãe, tornase relevante. É a mãe que irá travar, contra a inércia ou a indiferença social, uma batalha longa cujo alvo é a saúde de seu filho deficiente, saúde que ela reivindica mantendo uma moral de ferro em meio à hostilidade e ao desencorajamento 11 . Por essa razão, buscou-se compreender a qualidade de vida dessas mães, tendo como a questão norteadora desse estudo: Como é a qualidade de vida das mães cujos filhos possuem deficiência física ou mental?…”